Oração ao Deus desconhecido

Antes de prosseguir no meu caminho E lançar o meu olhar para frente Uma vez mais elevo, só, minhas mãos a Ti, Na direção de quem eu fujo. A Ti, das profundezas do meu coração, Tenho dedicado altares festivos, Para que em cada momento Tua voz me possa chamar. Sobre esses altares está gravada em fogo Esta palavra: “ao Deus desconhecido” Eu sou teu, embora até o presente Me tenha associado aos sacrílegos. Eu sou teu, não obstante os laços Me puxarem para o abismo. Mesmo querendo fugir Sinto-me forçado a servi-Te. Eu quero Te conhecer, ó Desconhecido! Tu que que me penetras a alma E qual turbilhão invades minha vida. Tu, o Incompreensível, meu Semelhante. Quero Te conhecer e a Ti servir. Nietzsche

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